Desde setembro de 2020, quando regressou oficialmente à TVI, depois de uma saída polémica da SIC e de um litígio que promete arrastar-se em tribunal nos próximos tempos, Cristina Ferreira sabia que não iria ter tarefa fácil para devolver à estação de Queluz os tempos áureos que se perderam desde que tinha deixado o canal. A apresentadora acumulou esta função com a de diretora de Entretenimento e Ficção e começou a reconstruir aquela que apelida de sua “casa”, mas o caminho tem tido muitas pedras para atravessar e, até agora, nenhuma das suas escolhas vingou, derrotando a concorrência, como é seu objetivo. Antes pelo contrário! Há muito dinheiro investido em produção que, de acordo com fontes do canal, “não tem tido retorno até agora”, tornando o cenário preocupante, pois “não há dinheiro, a crise na TVI continua na estação”, asseguram.
Foquemo-nos apenas nos programas que conduz e nos quais assume responsabilidade acrescida, por acumular o cargo de diretora com o de apresentadora. “Dia de Cristina” foi a primeira grande aposta de Cristina Ferreira na TVI. Este era o “futuro”, como fez questão de publicar nas redes sociais. Estreado a 23 de setembro, contudo, o programa não ajudou a catapultar a estação para a liderança e esteve no ar apenas três meses, depois de um investimento brutal, sobretudo num cenário que parecia uma galáxia e que nunca encontrou consenso junto do público ou da crítica. Os custos, só do estúdio, enorme, e de todo o equipamento técnico estiveram na ordem dos 300 mil euros. Dinheiro perdido aquando da decisão de acabar com o programa produzido pela Coral. Em dezembro, pôs-se um ponto final nele para se criarem novos programas para o ano que estava a chegar. A produção foi avisada de que não haveria mais “Dia de Cristina”, depois de tomada a decisão dentro do núcleo muito restrito de Cristina. De acordo com fontes próximas da apresentadora “obviamente que ela ficou dececionada, mas seguiu em frente”. Para fora, a imagem que passou foi sempre de franco otimismo no que viria a seguir, mas lá dentro os tempos que se viveram e, de acordo com a revista “Sábado”, não foram fáceis para ninguém e o ambiente ficou “de cortar à faca” com as gargalhadas a darem lugar aos gritos.
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